terça-feira, 16 de junho de 2009

De Grand Canyon até Los Angeles, passando uma noite em Vegas

despedida no westin com Álvaro
álvaro ria de nossa aventura
a moto acidentada
despedindo de Omir que ia buscar socorro
últimos momentos de route




De moto saímos do Grand Canyon para Las Vegas.
Lá ficamos no Grand Hotel. Merece voltar neste mesmo hotel. http://www.grandcanyongrandhotel.com/
Sinais da route 66 pelo caminho, descendo atingimos a highway 40 em Williams e on the road para Vegas.
Seriam 283 milhas se entrassemos em Kingman.
Mas não seria tão fácil
Tocando em grande velocidade, com muito vento, perdemos a entrada para Las Vegas em Kingman por onde passaríamos novamente pelo Hoover Dam, eis que surge na nossa frente o Colorado River, na divisa com a California.
Parada refazer nossas posiçoes, mapas, então 18 milhas para frente pegariamos a 95 em caminho secundário para Vegas.
Novo curso seria de 352 milhas. Foi tanto só para Omir de moto, a partir de Needles fui na cabide de um caminhão reboque. 111 milhas.
Uma curva, areia, o acidente com minha moto aconteceu.
Derrapagem, uma queda, dano na moto, quebrando-se a proteção da engrenagem, óleo se espalhou.
O Omir lá na frente aguardava sem saber o que acontecera.
Auxiliado por caridosa alma que parou, levantei a moto e toquei até Omir.
Prosseguir era impossível, um buraco no motor que sem óleo estava imprestável.
Então ao resgate. Estamos no meio do nada.
Nervos no lugar. Um telefonema para Álvaro que não atendeu. Estava no trabalho em que não pode atender celular. Depois nos contou suas peripécias para esconder-se e falar conosco, localizar-nos no mapa e resgatar-nos.
Era nosso anjo ocupado com seu trabalho que novamente seria nossa salvação para conseguir prontos atendimentos.
Omir saíra em busca de socorro.
Esperando, deiteI ao lado das motos e meus pensamentos foram cobertos por nuvens negras.
Meu cérebro desejava socorro. Torpedos, Caio, Fernanda, Camila, Cristina. Nada.
Eis que Fernanda atende, acordou assustada. Que fazer! Expliquei que necessitava contato com Caio para auxiliar com sua habilidade dos tempos de Columbia conseguir resgate.
Eu buscava um voz consoladora para compartilhar das minhas dificuldades.
As dores no corpo iam aparecendo.
Nada de Caio, Fernanda encontra Sueli, mas Álvaro apareceu, sem acreditavar nos acontecimentos.
Novo resgate será providenciado.
Omir regressava para contar que estávamos sem nada sem viva alma, em raio de 20 milhas.
Alvaro comunica que resgate estava a caminho, viria em duas horas.
Enquanto aguardávamos, conversamos sobre a precariedade da vida. A viagem, as alegrias, queríamos provocar nossos amigos para conhecerem o Centro Oeste e Sudoeste americano, de histórias de pionerios, da luta contra a natureza selvagem, de homens sem lei. Mas não precisava tanta aventura.
Anoitecia, preparamo-nos para dormir no chão batido. A policia tão ágil para gritar um stop no ouvido de Omir quando passamos pela Floresta Petrificada, só por estar em pequehno excesso de velocidade, inexiste na California onde não há resgate.
Arnold, que governa a California, deveria aprender com os socorros das rodovias paulistas.
O resgate chegou.
Moto socorrida, eu na cabide, já acostumado a viajar em cabides de caminhões de socorro, pois era pela segunda vez que experimentava tal arte.
Em Vegas chegamos cerca de meia noite.
Novamente no hotel Westin, http://www.westinlv.com/, onde também dormiram as duas motos e trabalha Álvaro que na manhã seguinte nos apoiaria para a entrega das motos.
Na Alamos alugamos um Ford que faria dorvante delicioso transporte.
Vida em 4 rodas, como diz o Caio, é civilizada. Chega de vento e riscos. Moto até uma semana de viagen se suporta. Dalé vai se perdendo a resistência.
Motociclista é um bárbaro, ujo (aqui chamam-no de pig), sofredor com ventos que colocam em risco de quedas o mais hábil piloto, estão na busca de aventura para suas almas atormentadas.
Automóvel transforma a viagem em paz.
Voltamos ao Hotel para pegar a bagagem e almoçar. Despedida de Álvaro, esse novo e grande amigo dos momentos mais difíceis desta viagem.
Jovem engenheiro aventuroso, admirava nossa disposição de tantos riscos enfrentar e contou das suas pela estradas tortuosas da Bolívia onde nasceu.
Fez na juventude a viagem pela estrada mais prigosa do mundo.
Na altiva cordiheira dos Andes Bolivianos http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=1128 encontra-se a espetacular e vertiginosa Estrada dos Yungas popularmente chamada de Estrada da Morte. É estimado que morrem em torno de 300 a 350 pessoas anualmente em acidentes ao longo de seus 64 quilômetros de percurso com 3.600 metros de desnível. Outra característica muito conhecida são as "Santas Cruzes" ao longo da "pirambeira". Cada uma significa que um automóvel rolou morro abaixo.
Formado engenheiro civil na Usp, Álvaro passa pela crise da economia americana trabalhando na manutenção do hotel.
Fizemos nosso almoço com papo agradável. Marcamos novos encontros.
Alvaro anualmente vem ao Brasil, e iremos nos encontrar para relembrar os resgates.
Terminado o almoço, de carro para Death Valley.
As paisagens foram nos apresentando todas as eras geológicas.
Tomamos um café em Shoshone, em autêntico salon.
Continuamos até o deserto de Mojave.
Nele entramos para escutar o seu som.
Novamente a Natureza impõe-nos a sua beleza, seus mistérios, o Feminino que nos encanta.
Tocamos para Barshoi, passando por Calico, em direção de Los Angeles, com o gps apontando para a Rodeo Drive.
Foram 400 milhas.
Estamos no Thompson Beverly Hills, hotel para merecido descanso.http://www.thompsonhotels.com/
Omir desmaiado, enfim, foi o único piloto deste longo dia de estrada, das emoções das paisagens e eu blogando.
Afinal as emoções devem ser contadas para se dormir,.

Todas as distâncias se encurtam dentro de um Ford com ar condicionado.

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